sexta-feira, 8 de abril de 2016

MELHORAMENTO GENÉTICO DO GALO



Genética de galo é meio que um gigantesco mistério.
 A gente pode ate calcular e mexer em alguma coisa.
 Mas boa parte das pedras do tabuleiro ja foram jogadas.


Um ex- quase galista metido a conhecedor que não intendia nada de nada achou que na minha criação tinha que tinha o refinamento genético...
Acontece assim, vc cria um galo cruza ele com a galinha e recruza as filhas desse casal com o sangue do próprio galo.
Pai com as filhas, mãe com os filhos , com netos e até bisnetos. isso faz a raça de um galo, até de genética muito boa ir definhando...
Não é que nenhum num vai prestar. Acontece que será mais frequentes os exemplares ruim, muito baixinho, aleijado. muito fraco de resistência a certas doenças.
problemas com embriões e fetos. e ovos que não nascem.




 Mas pensaram que eu era tão inguinorante que nem acreditaram que eu sabia o que era esse negócio de refinamento...
Só que eu tinha feito os cruzamentos na minha criação justamente evitando essa hipótese de cruzar tudo parentes as minhas raças. 







Impossível tirar frangos como esse sem um planejamento prévio e a escolha cuidadosamente selecionada das matrizes. A pura raça e a força do instinto não permite descuidos nem erros.








Ao invés de refinamento, O afunilamento genético de uma raça pura e boa. Eu estava fazendo era ao contrario.
Fazia era o melhoramento genético dos combatentes que eu tinha na minha mão. Na verdade é simples. Apesar que lento. Eu pegava um galo. O maior, mais bonito, bom de briga, mais raçudo. E preferencialmente bom de espora.
Depois colocava ele com uma galinha semelhante, boa de briga, a mais alta, a mais forte e raça encardida mesmo. pra cruzar com esse galo ideal. E os filhos que nascesse certos eu ficava com eles no terreiro.
 Se nascesse diferente dos pais , baixo, fracote, sem espora boa, sem coragem na briga que corria facinho.
 Tinha que ser eliminado.
Por mais que eu gostasse dele. Já passava ele logo embora. Não era de num prestar, que os que num presta a gente come ou termina ele mesmo sem dó.
 É que eu via que saiu dez e eu ia usar na criação no máximo dois, o resto teria forçosamente que sair, então oito crias das minhas raças ia ter que sair passear.
  Eu passava sem dó um galo que saiu da cor diferente dos pais, ou que não saiu no tamanho enorme.
Frangas que era  duas ou três iguais eu escolhia sempre as mais brabas, que batia mais. E que dava espora na briga.
Mas não tinha razão pra ficar em casa mais de uma galinha do mesmo sangue e igual. 
 Não ia existir lógica eu querer manter todas as frangas e os galos que eu tirasse na minha criação...

Escolhida dentro duma ninhada a matriz que eu ia reproduzir, todos os filhotes que sobrassem eu sempre ia passando e repassando.
E dei franguinhos, e já galos ou passei das raça minha pra todo mundo... 
Mas até hoje tem gente achando que criar é conservar os bons e repassar os refugos pras outras pessoas...



Minhas galinhas era das mais caras porque eu vendia pela qualidade e nunca passava refugo nem fim de linha pra ninguém. Se eu tinha um que num prestava ficava ali mesmo na minha mão e ia na panela.






Comprei uma galinha índia pura amarelona, shamo.
 A melhor galinha do mundo.
 Jamais vi com alguém mas nem uma parecida e nem teve igual .
 A Jurema era grandona forte e boa de briga. Ela fazia a canga e brigava por cima com pescoço erguido.
 Estorava a cara da adversária de um jeito, em bem pouco tempo... FENÔMENO !
As outra ou corria ou ficava um bagaço.
 E na minha mão nunca teve uma que competisse com ela. Era minha diversão. 
Acho que cheguei a fazer ela brigar com até três galinhas num dia só. Botando pra correr as três.
 Nem se machucava, não marcava a cara na briga.
 Perdi a conta de quantas galinhas ela rebentou, e até a gente achar que a cara das vítimas ficou podres.
 Mesmo tantos outros criadores que frequentei a casa nunca vi uma nem parecida.
Pensava que não ia mais recuperar depois daquilo ter acontecido. Era Fera essa minha JUREMA.
E raça dessas assim é que o criador tem que reproduzir.
 A melhor !












Desde esse tamanhozinho já esta sendo criada pra ser a melhor.
Não se deixa brigar, não deixa machucar.
Os pais tem que ser puros. Os avós são puros. 
Quando grande será testada. tem que merecer ficar na criação . Comprovada a raça, a fibra, a habilidade.
 Depois de tudo comprovado, os filhos são o teste final.
 Se mantém um padrão de qualidade, se saem os melhores dessa raça.
Os filhos tem que ser melhores ou no mínimo não podem ser pior do que os seus pais.
Os criadores que vejo estão mantendo esse padrão desde os primórdios do galo índio brasileiro... O COMBATENTE.
Atenção para as matrizes  e os galos patriarcas raçador.
Porque o melhor galo pode sair por acaso até, mas a maioria é custa de muita cruza e planejamentos.






quem pode achar que pode acrescentar alguma coisa a mais no DNA da raça desses valiosos combatentes...









Existe o que a gente chama de galo RAÇADOR, o exemplar pode também ser fêmea que não importa...
Essa ave com um gene X tem a característica de repassar a qualidade no seu DNA adiante de forma ADN-dominante.
E pra nossa pesquisa o que importa é que seja um raçador do gene espora certeira. Funda e que atinja quase em todo pulo que ele dá.
 O efeito é esse : O galo da de espora. Se tiver 5 filhos os 5 sai de espora. Se trocar as galinha, de três galinhas diferentes os filhos das três sai galo de espora...
isso é que faz o galo raçador. Todo filho ou filha parece as raças dele.  E coisa mais rara na criação é um galo desses raçador. E confesso que tive vários e vários...




Existe também uma coisa valiosa e rara que é a ave o galo ou a galinha de gene recessivo ou DNA-NEUTRO. Em grau forte esse gene neutro faz o seguinte, a galinha tem filhos e filhas, todos parecem o pai. 
Você troca de galos e os filhos ainda parecem com o pai seja de três ou mais galos diferentes.
 Se temos uma galinha de gene leve quase neutro, pega um galo raça de pura espora e os filhos milagrosamente vão sair parecidos aos seus pais inclusive na habilidade de dar esporas.
 E o padrão sai quase uniforme.
 rios puxam o pai na espora.
 Cruza e recruza e continua saindo galo de esporas...
Essa cruza de galos de espora 'ferinda' é a que deve ser repetida.




Saúde e perfeição física é o mais importante além da qualidade genética que deve ser passada adiante na hora de se escolher um reprodutor como esse...

















Existe também o que a gente chama de par ADN-ideal.
 Um casal que por milagre cada filhote da raça sai bom, puxa o pai sai bom, puxa a mãe sai bom. mistura dos dois sai bom.
 isso faz com que esse casal perfeito juntos, não possa ser desfeito mais.
 Porque os genes combinaram tão bem que correr riscos cruzando outros parceiros seria um perigo de acabar dando em nada... 



 Minhas avançadas teorias genéticas eu sempre vinha testando durante gerações e gerações. Mas isso não quer dizer que já se esteja chegando em solões finais. 
Ainda levará muito tempo até que se atinja o grau supremo da raça de galo índio ideal.





Cruzamento de caráter homogêneo.
 Esse cruzamento é realizado quando se escolhe como base um certo animal.
 Esse animal vc gosta tanto dele que pretende que seus filhos e netos tenham a aparência e o poder genético dele.
Você então escolhe pra cruzar o parente mais próximo dele.
 O pai, a mãe, uma irmã. filha ou alguma prima.
 Esse cruzamento é muito usado pelos criadores em geral, embora seja um pouco desaconselhável. 
Claro que isso melhora as chances de ter animais mais padronizados de uma raça.
 Já que o ADN de todos eles é praticamente o mesmo.
Só que isso aumenta achances de insucesso genético. Quem quiser tirar a prova e tentar a sorte...
 Eu estive elaborando uma tabela meio certa pra essa modalidade de cruzamento embora não tenha posto em prática. Na teoria ela parece até perfeitamente funcional... 
Tem sido cruzados exemplares dessa forma tanto nas raças de galos, quanto na raça de cães de briga pit bul.






 Cruzamento ADN-heterogêneo é o tradicional normal. Ou seja aqueles em que cada exemplar tem origens diferentes. Matrizes são de lugares bem diferentes e você apenas recombina as características deles como indivíduos pra melhor aproveitamento da raça. Todo mundo faz assim...
Tipo, animais não parentes de uma mesma raça.
 ou cada um de uma raça, mas recolhendo o melhor grupo de qualidades dos indivíduos pai e mãe no mesmo e único animal.
Pode ser o gene da cor, dos pesos , alturas e das habilidades de esporas. Da fibra , das características de luta, tipo barrigueiro, papilheiro, bom cangador e assim por diante.
A MELHOR GALINHA + MELHOR GALO = MELHORES FILHOS E FILHAS =  MELHORES A CADA GERAÇÃO...
Sendo que pelo que eu tenho visto o segredo está na galinha,
 De um galo bom com uma galinha mais ou menos Você pode até tirar filhotes bons.
Mas de uma galinha ruim, até de galo bom a gente tem visto aqui que só sai porcaria...
De uma galinha boa, até com galo ruim ou galo mais ou menos ainda sai um ou outro filhote de qualidade.
 



quinta-feira, 7 de abril de 2016

O QUE QUE É SER UM GALISTA ?



GALISTA é aquele cara que difunde a pratica, a criação e a briga de galo. Seja como um direito seu, sobre um galo que é seu.
 Uma diversão. Um negócio comercial. Puro Hobby.
 Num interessa.





Mas nem todo cara que mexe com galos combatentes é galista.
 Mas todo galista manipula com a genética e a criação dos galos.
 Cria, compra, vende, troca.
 E principalmente mexe com as apostas em rinha de galo.
 Faz as brigas ou aposta em brigas que outros vão fazendo.







Quem não briga galo e não aposta em galos não é galista.
Até quem não briga e não cria galos, apenas aposta neles ainda assim é um galista...












Muita gente mexe com galos desde que ainda era criança ou os pais ou avós eram criadores também.






 





Eu desde o começo eu mexia com criação de galos mas não fui, vendo tudo por esse lado, um verdadeiro galista.
 Era quase que só um criador de galos.
 Mas eu fazia  brigas com os galos e galinhas,  e até pintinhos o tempo todo. A diversão da nossa turminha era essa.
 Todo mundo era garoto, e não tinha dó de ver bicho brigar até o fim...





Quando comecei a conhecer essa raça a febre em 80 era mexer com eles o dia todo. Operar a crista,a barbela e ouvido, tosar as penas, afiar as esporas cortar as unhas.
Todo mundo que começa desse jeito acaba logo virando meio galista.








Galismo é como a gente costuma chamar essas pessoas que exercem a rinha de galo como atividade.
 Quem vai mexer com galismo é o galista.
 Eu parei de ver emoção e paixão no ato de assistir a brigas de galo.
Nunca parei de gostar de galo e de criar, cruzar, trocar, comprar e vender galo até 2011. 
Antes disso tinha começado em 1987 ou pouco antes...
 Praticamente mais de 25 anos mexendo com criação de galo de raça especialmente voltada para o combatente.
A raça mais complexa e que da mais trabalho do que qualquer outra.
Toda bicicleta que eu arrumava eu dava em galo de briga.
Nunca vi ninguém mais fanático de galo...






Precisava ter muita esperteza para trocar as coisas naquele tempo. 
Mas vi muitos amigos meus trocando galos em bicicletas que o tal galo não valia nem uma roda dela.
Eu nunca aceitava me empurrarem bicicletas em meus galos. Nem de duas de uma vez...















Tirava frangos e trocava e vendia.
 Muita galinha que eu escolhia e cruzava.
 Eu comprava galos bons muito caros e galinhas que custavam uma pequena fortuna.
 Porque essa raça era bem mais de 5 vezes mais caro do que qualquer galo que a gente achava a venda de outros tipos e outras raças.
Isso quando o dono queria te vender...
Muitos galistas achavam assim, que você é criador fraco demais pra ter algum exemplar da raça dele...
Principalmente quando você era um criador novo que está só começando.








Com essa até o galo ficou espantado.







Existe o tratador de galos, que é aquele que cuida dos animais. 
Ele o alimenta, da remédio, o treino físico, escorva.
 Coloca na rinha pro patrão, até briga os galos pros donos.
 Isso também é por assim dizer, viver a vida de um galista.
 Mesmo assim a gente chama é de tratador de galos.
Quem tem muitos galos na cocheira, as gaiolas precisam de manutenção.
 Os galos precisam ser alimentados.
 Alguns feridos precisam de medicamentos e tratamentos.
 Alguns em preparação precisam de exercícios físicos.
 Alguns que ficam nos cruzadores precisam de cuidados.
 Quem tem gaiolas com mais de 50 cabeças de galos fechados
positivamente É UM GALISTA.
 E terá forçosamente que ter um tratador pra ajudar.
Quem não tem tempo de mexer com os galos mesmo que não tenha tantos assim também precisa de ajuda de tratador.

Um tratador bem qualificado vai entender da enfermagem alimentação e manejos dos galos de briga que ele cuida.
 Ás vezes tem que saber mais que os galista dono dos galos...










Quem se envolve com criação e galismo acaba a maior parte do tempo tendo que cuidar, alimentar tratar machucado ou fazer higiene e manutenção dessas aves. Acostuma a andar com algum sempre na mão









Padrão morfológico genético... Todo galista deve iniciar desde novo a começar a treinar em entender de galo. 
Isso nada mais é do que saber ver no olho clinico que tipo de galo que a gente esta vendo na frente. Que raça esta envolvida em sua genética... Pela simples aparência do corpo.
Crista de bola é uma raça. Crista de cartola é o índio bode.
Crista dente de serra ou crista de suspiro.
Bico curto, canela branca, canela verde.  Espora preta.
Rabo alinhado ou rabo baixo. asa baixa e aberta ou asa fechada.
Galo barbudo ou de topete. Ou raça de ovo azul...
O padrão morfológico é quando a gente quer manter na criação, aprimorar e aumentar a força desse ADN fazendo uma cruza especialmente voltada pra tirar melhoramentos genéticos deles.
exemplo: Se você gosta de galo barbudo, Você vai ter um ou outro barbudo e terá que fazer um cruzamento intencional pra saírem ainda mais barbudos. O gene da barba é dominante. Homozigoto, se cruzar uma galinha barbuda, com um galo também barbudo ainda que seja sem barba mas sangue barbudo, aumenta a chance de sair mais barbudos...
.O gene da crista já é tipo recessivo. mesmo pai e mãe tendo crista normal, sairá crista cartola. Mas a taxa de nascimento terá influência no numero final. Pra ter dez cartolas sairão quase sempre 100 animais ou mais, que serão de crista normal.. A não ser que seja uma longa linhagem de gene dominantes que facilita o nascimento mas não o obriga.
O gene crista de bola é por si mesmo dominante homozigoto. se uma galinha bola cruza com um galo não bola, a chance de sair mais filhos bola aumenta sempre o numero de bolas na sua criação porque os filhos nascerão bola também. O não bola em cruzas normais são de numero igual ou menor se o sangue de galo que não for bola não for tão forte. 
Ainda tenho que estudar um pouco mais essa história de lócus genéticos das raças e das cruzas.
Tem vezes que de olhar a gente conhece o melhor galo ou a melhor galinha de uma criação...


Tem a ver com a saúde. Tem a ver com a qualidade de genes a característica da raça. Quem não ve pela força de um animal qual o mais potente de uma criação? Basta olha que vc ve quem ganha numa luta mesmo sem precisar você ver bater.
Se vai dar espora é uma característica subjetiva. olhando de fora não da pra você ver... assim como não se pode saber só olhando qual daqueles que vai la na luta e na hora H vai largar a briga.
Se soubesse de antemão qual deles que vai correr... Galista nenhum ia passar esse vexame numa rinha.